Quatro pessoas são indiciadas por desvio de merenda escolar em Alto Alegre
A delegacia de Alto Alegre concluiu as investigações sobre desvio de merenda escolar ocorrido em um colégio estadual militarizado na sede do município localizado no norte de Roraima. Quatro pessoas foram identificadas e indiciadas por peculato (crime praticado por servidor público contra a administração em geral).
De acordo com Vinícius Quadros, delegado de Alto Alegre, o caso veio à tona em 31 de janeiro, quando a equipe da delegacia tomou conhecimento da subtração dos produtos destinados à alimentação dos estudantes.
Segundo as investigações, quatro funcionários da instituição – um merendeiro e três terceirizados – desviaram parte dos alimentos logo após a entrega feita pelo Departamento de Apoio ao Educando (DAE) da Secretaria Estadual de Educação (Seed), em 29 de janeiro.
“Duas verificações foram feitas pela equipe da Polícia Civil, nos dias 31 de janeiro e 4 de fevereiro, acompanhadas pela gestão da escola. Durante as diligências, foram constatadas ausências de carne, frango, vinagre, flocão de milho e colorau. No decorrer da apuração, os agentes localizaram e apreenderam 36 quilos de carne armazenados de forma irregular em uma residência. Os itens foram restituídos à unidade de ensino, mas outros ainda não foram encontrados”, detalhou o delegado.
Os quatro envolvidos foram identificados e indiciados por peculato (artigo 312 do Código Penal Brasileiro).
Segundo o delegado, os quatro homens foram interrogados e não apresentarem justificativa plausível para o sumiço dos alimentos nem para o armazenamento externo dos produtos.
“Importante destacar que toda a ação policial foi acompanhada pelo Ministério Público. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao órgão, que, por sua vez, solicitou o afastamento dos indiciados de suas funções”, ressaltou o delegado.
Para Vinícius Quadros, é importante ressaltar a atuação rápida da equipe policial de Alto Alegre na elucidação do caso.
“A Polícia Civil agiu prontamente para investigar e esclarecer os fatos. As diligências comprovaram o desvio dos alimentos e identificaram os responsáveis, garantindo que a Justiça tome as providências cabíveis. Seguiremos atentos a qualquer irregularidade que prejudique o interesse público”, afirmou.
Como não foram presos em flagrante, os quatro acusados vão responder ao procedimento em liberdade.
“O caso agora segue para análise do Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra os envolvidos”, disse o delegado.