Suspeitos de armazenar e produzir pornografia infantojuvenil são alvo de operação da Polícia Civil em Boa Vista e Alto Alegre
Dois suspeitos de armazenar e produzir pornografia infantojuvenil foram alvo de uma operação policial em Boa Vista e Alto Alegre nesta quinta-feira (10). As informações foram divulgadas pela Polícia Civil nesta sexta (11). Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados.
Os policiais, coordenados por Jaira Farias, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), fizeram diligências em dois bairros da capital e em Alto Alegre para apreender documentos, mídias e dispositivos eletrônicos, como CDs, pendrives, HDs, celulares, computadores e tablets, além de informações armazenadas em nuvens e redes sociais, visando investigar crimes de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.
De acordo com a delegada, a investigação teve início após uma testemunha registrar um boletim de ocorrência acusando um jovem de 24 anos de armazenar e compartilhar pornografia infantojuvenil.
“Instauramos inquérito para apurar as denúncias. A testemunha e o acusado começaram a conversar por aplicativo de relacionamentos, mas logo migraram para o WhatsApp, por onde o suspeito passou a enviar vídeos com conteúdo de abuso sexual infantil. As conversas ganharam contornos sexuais e, em um dos envios, a vítima gravou a tela de seu celular como prova”, detalhou a delegada.
Outro suspeito, de 53 anos, foi identificado pela polícia e também passou a ser investigado.
“Neste primeiro momento, representamos pela busca e apreensão nas residências dos dois suspeitos com o objetivo de apreender as mídias e dispositivos eletrônicos. Todo o material passará agora por uma perícia no Instituto de Criminalística”, disse a delegada.
Ela recomenda aos pais estarem sempre atentos ao que seus filhos acessam nas redes sociais e com quem estão conversando.
“É essencial que monitorem as atividades online, pois criminosos podem se aproveitar da ingenuidade e vulnerabilidade das crianças. Verificar com quem estão interagindo e o tipo de conteúdo que recebem ou compartilham é uma forma eficaz de protegê-las. O diálogo aberto sobre os perigos da internet também é fundamental para evitar que se tornem vítimas de crimes como a pedopornografia [atividade criminosa que consiste na produção de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes]”, ressalta a delegada.