Robert Prevost, dos Estados Unidos, é eleito papa e escolhe o nome Leão XIV
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito o próximo líder da Igreja Católica nesta quinta-feira (8) e escolheu o nome de “papa Leão XIV”. Trata-se do primeiro papa vindo dos Estados Unidos.
A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 13h07 (hora de Brasília) para anunciar que os cardeais chegaram a um consenso sobre o sucessor do papa Francisco.
Depois da confirmação da decisão, o papa eleito passou pela chamada “Sala das Lágrimas”, utilizada para tomar consciência da nova missão e realizar a troca de vestimentas para se apresentar com as vestes pontifícias.
Em seguida, ele apareceu na sacada com vista para a Praça de São Pedro, onde se dirigiu ao público de fiéis presentes.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 1980.
Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
Visão internacional e papel estratégico
Atualmente, Prevost ocupa o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, uma posição estratégica que lhe permitiu conhecer profundamente a estrutura da Igreja e participar ativamente na nomeação de bispos ao redor do mundo.
Essa experiência é vista como um ponto forte em sua candidatura, demonstrando sua capacidade de liderança e compreensão global da instituição.
Em uma entrevista ao site do Vaticano, Prevost enfatizou sua visão sobre o papel dos bispos.
“O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Desafios e perspectivas
Apesar de sua experiência e alinhamento com as ideias do papa Francisco, a candidatura de Prevost enfrenta desafios.
A tradição da Igreja de evitar papas americanos, devido ao peso político que isso poderia representar, é um fator a ser considerado. Além disso, sua participação em investigações de casos de abuso na Igreja gerou algumas críticas internas sobre sua condução desses processos.
No entanto, analistas apontam que Prevost representa uma vertente mais progressista da Igreja americana, mais alinhada com os movimentos carismáticos e sensível a questões como imigração e justiça social.
Sua formação na ordem dos agostinianos também é vista como um ponto positivo, trazendo uma dimensão contemplativa e missionária à sua candidatura.
Com informações da CNN Brasil