Professor condenado a mais de 26 anos por ter estuprado e engravidado filha é preso na zona rural de Boa Vista

Um professor condenado a mais de 26 anos por ter estuprado e engravidado a filha foi preso nesta quinta-feira (14) na Comunidade do Milho, no Passarão, zona rural de Boa Vista. De acordo com a sentença, o acusado estuprou a filha em 19 de fevereiro de 2010, quando ela tinha 14 anos, aproveitando-se da ausência da esposa dele, madrasta da vítima.

O professor, de 50 anos, amarrou as mãos da então adolescente e a violentou. O crime teve continuidade e sempre acontecia quando a mulher dele saía para trabalhar. A vítima foi ameaçada diversas vezes. A violência sexual resultou em gravidez e, segundo ela, o pai a orientou a “arranjar um namorado” para que ele o acusasse.

Consta ainda que a vítima pediu ajuda da madrasta e contou o que vinha lhe acontecendo. Indignada, a mulher não somente a acolheu como pediu ajuda à tuxaua da comunidade, procurou a Polícia Civil e registrou ocorrência contra o marido. Ele negou ter estuprado a filha, mas o fato foi comprovado por exame de DNA, que confirmou que ela estava grávida do pai.

Processado pela Justiça, o acusado foi condenado a 26 anos, 6 meses e 21 dias de reclusão. Segundo Jaira Farias, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o homem estava foragido e foram realizadas diligências para localizá-lo.

“Foi encontrado nessa comunidade indígena e preso pela equipe da DPCA”, disse a delegada. Nesta sexta-feira (15), ele deve passar por audiência de custódia e ser levado para o sistema prisional.

Hagnos

A prisão do professor está inserida na Operação Hagnos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e foi coordenada pela titular da DPCA, Jaira Farias.

Desde 1º de novembro, a Polícia Civil de Roraima integra a ação coordenada pelo MJSP em parceria com os 26 estados e o Distrito Federal para intensificar o combate à violência contra crianças e adolescentes.

A operação em Roraima é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e se estende até 29 de novembro.

O nome da operação foi inspirado na mitologia grega, em referência a tudo que é santo e puro. A deusa Ártemis, símbolo de proteção, é invocada como inspiração para a ação.