Justiça anula candidatura de Nicoletti e defere a de Catarina Guerra à Prefeitura de Boa Vista
O registro da candidatura de Catarina Guerra (União Brasil) à Prefeitura de Boa Vista foi deferido pela Justiça Eleitoral neste domingo (1º). Até então, o partido tinha a deputada estadual e o deputado federal Nicoletti na disputa pelo mesmo cargo. A do parlamentar, foi anulada.
Conforme o juiz substituto Breno Jorge Portela Silva Coutinho, a decisão da executiva nacional do partido, que definiu Catarina Guerra como candidata à prefeitura, deve ser acatada e incluída no cartório eleitoral no prazo de um dia útil.
Em 6 de agosto, a executiva nacional do União Brasil cancelou parcialmente a convenção que escolheu Nicoletti para disputar a Prefeitura de Boa Vista nas eleições de outubro e determinou que a candidata do partido fosse Catarina Guerra, que conta com o apoio do governador Antonio Denarium (PP).
O juiz avalia que a convenção municipal desobedeceu às diretrizes da executiva nacional, que destacou que “a análise criteriosa dos dados demonstra que é a candidatura de Catarina Guerra que apresenta viabilidade político-eleitoral, motivo pelo qual a Comissão Executiva Nacional se opõe à candidatura de Nicoletti ao cargo de prefeito de Boa Vista.”
A decisão do juiz Breno Coutinho também determina a inclusão dos partidos Progressistas e Avante na coligação “Uma nova Boa Vista, Boa para todos” e que outros partidos da coligação original manifestem seu interesse em permanecer no grupo.
Uma liminar concedida em 22 de agosto, pelo mesmo magistrado, autorizou a deputada estadual Catarina Guerra a participar do horário eleitoral gratuito como candidata à prefeitura.
Um dos argumentos da defesa de Catarina Guerra contra as impugnações de sua candidatura era o de que deve ser reconhecida a decisão da executiva nacional do União Brasil, de 6 de agosto, que anulou parcialmente a convenção em que Nicoletti foi escolhido como candidato à prefeitura.
Em 3 de agosto, o União Brasil havia confirmado o deputado federal Antonio Carlos Nicoletti como candidato, escolha feita durante convenção do partido antecipada numa articulação de Nicoletti, que recebeu 11 votos contra 6 de Catarina.
Nicoletti afirmou que irá entrar com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) contra a decisão nesta segunda-feira (2).
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