Jovem suspeito de assalto acaba preso após fugir e usar identidade do irmão para enganar policiais em Boa Vista
Um jovem de 27 anos foi preso, nesta sexta-feira (14), em Boa Vista após a polícia descobrir que ele usou a identidade do irmão para tentar se livrar da Justiça. As informações foram divulgadas neste sábado (15).
O mandado de prisão foi cumprido por agentes da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) com apoio de policiais militares do Fórum Criminal do bairro Caranã, na zona oeste da capital.
O suspeito havia sido beneficiado com liberdade provisória, mas descumpriu as medidas cautelares impostas pela Justiça, resultando na emissão do mandado de prisão.
De acordo com o delegado Alexandre Matos, o caso teve início em outubro de 2019, quando ele e um comparsa, ambos armados, abordaram duas vítimas no bairro Equatorial, em Boa Vista, e roubaram uma motocicleta e um celular. Enquanto o parceiro ficou com a arma, o jovem fugiu com o veículo roubado.
Dias depois, ele foi localizado numa área rural do município de Alto Alegre, no norte de Roraima, sendo preso em flagrante por receptação, já que estava com a moto roubada.
Durante a abordagem, o suspeito tentou fugir para uma área de mata, mas foi capturado cerca de 300 metros depois. Até aquele momento, a polícia não tinha a confirmação de que ele fosse o autor do roubo, mas acabou sendo autuado em flagrante por receptação.
No momento da prisão, ao ser conduzido à delegacia, o jovem apresentou-se com o nome do próprio irmão, utilizando seus documentos. Como era reincidente em crimes, ele queria evitar que descobrissem ser o verdadeiro autor do assalto em Boa Vista.
Depois dessa prisão, ele passou por audiência de custódia e foi colocado em liberdade mediante cumprimento de medidas cautelares.
Entretanto, durante o andamento das investigações, os policiais descobriram que ele havia utilizado a identidade do irmão ao ser preso em Alto Alegre. O cruzamento de informações entre as equipes das duas cidades levou à solicitação de um exame papiloscópico pelo Instituto de Identificação Odílio Cruz (IIOC), que o identificou e confirmou sua participação no assalto, inclusive sendo reconhecido pelas vítimas.
Além disso, ele descumpriu as determinações judiciais após ser solto e continuou praticando delitos, o que levou o Ministério Público a solicitar a prisão preventiva. O Tribunal de Justiça acatou o pedido, considerando a gravidade dos crimes, o risco à ordem pública e a reincidência criminosa.
A tentativa de enganar a polícia e o sistema judiciário também foi um dos fatores determinantes para a decisão judicial, que ressaltou que, além do roubo e receptação, o acusado tentou deliberadamente burlar o sistema judicial ao se passar pelo irmão, demonstrando sua periculosidade e falta de compromisso com a lei.