Garimpeiros alegam falta de alimentos e risco de vida e se rendem às forças de segurança na Terra Indígena Yanomami

Pelo menos dez garimpeiros se entregaram voluntariamente às equipes federais que atuam nas operações de segurança nas regiões de Kayanaú e Palimiú, na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. Alegando falta de alimentos e risco de vida, eles se renderam, foram presos e levados a uma delegacia em Boa Vista. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16) pela Casa Civil da Presidência da República.

As operações na TIY, que têm como objetivo interromper a logística dos garimpeiros ilegais, têm dificultado o acesso de insumos e material a acampamentos criminosos na área.

De acordo com o depoimento dos garimpeiros, a falta de suprimentos e o perigo crescente nas regiões de conflito os motivaram a se render. Além disso, o governo federal anunciou que intensificará as ações nos próximos dias com a destruição de pistas de pouso clandestinas identificadas dentro da reserva.

De 8 a 14 de setembro, as forças de segurança destruíram 14 acampamentos ilegais, 8 antenas de comunicação via satélite (incluindo antenas da Starlink, do bilionário Elon Musk), 38 motores, 12 geradores e uma arma de fogo artesanal. Também foram inutilizados 1.350 litros de diesel e apreendidas 7 armas, 3 munições e uma antena Starlink usada para facilitar a comunicação dos garimpeiros.

O governo federal destaca que, desde o início de 2024, já houve 1.773 ações de combate ao garimpo e ao suporte logístico dentro da Terra Yanomami. As operações continuam sob a coordenação da Casa de Governo, responsável pela supervisão e gestão das atividades de segurança na região.