BALANÇO: operação contra garimpo na Terra Yanomami prende mais de 50 pessoas e destrói pistas, aeronaves e embarcações

Mais de 50 prisões, 451 aeronaves fiscalizadas, destruição de 35 embarcações, 187 acampamentos, 16 aeronaves, 28 pistas, 499 motores e 71 mil litros de combustível apreendidos. Esta é parte do balanço de julho da Operação Catrimani II, que tem o objetivo de prevenir e reprimir atividades de garimpo ilegal, bem como combater ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami (TIY).

Desde o início da operação, em 1º de abril, foram feitas mais de cinco mil abordagens pelas Forças Armadas, com a participação de órgãos de segurança pública e agências, articuladas com a Casa de Governo de Roraima.

Ainda conforme o Exército, foram apreendidos 44 armamentos, 26 antenas que facilitavam atividades ilegais na região e 643 m³ de madeira.

Entre 3 e 7 de julho, a operação, com apoio do Ibama, destruiu 11 pistas utilizadas por aeronaves do garimpo ilegal, na região de Campos Novos, em Iracema. Um helicóptero usado por garimpeiros que havia pousado após uma pane, foi identificado e inutilizado pelos agentes na região do Apiaú, em Mucajaí.

Em 20 de julho, as Forças Armadas, no âmbito da missão “Xaraka II” (flecha, em Yanomami), destruíram dois garimpos ilegais com 1,2 tonelada de cassiterita e diversos equipamentos.

Na região de garimpo, estima-se que a infraestrutura básica de um acampamento esteja avaliada em pelo menos R$ 30 mil. A cassiterita, minério de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, custa em média R$ 56 no mercado interno.

Os alvos da ação estavam localizados na região de Waikás, a aproximadamente 300 quilômetros de Boa Vista, às margens do Rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami.

Ações humanitárias

Em julho, foram feitos 1.152 atendimentos médicos pelos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha e distribuídos 60 mil tipos de medicamentos na Terra Yanomami.

O trabalho contou com o apoio de componentes e meios aéreos do Exército, da Força Aérea, da Marinha, bem como das forças de segurança e das agências governamentais, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).