Arthur Henrique lidera com mais de 60% das intenções de votos em Boa Vista, aponta pesquisa Futura; Catarina Guerra tem 15,6%

O atual prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), lidera a corrida eleitoral por um segundo mandato na capital de Roraima. De acordo com pesquisa da empresa 100% Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, o candidato à reeleição tem mais de 60% das intenções de votos nos dois cenários de segundo turno realizado pelo estudo. 

As diferentes simulações foram feitas por causa da disputa travada na Justiça pela deputada estadual Catarina Guerra e o deputado federal Antonio Carlos Nicoletti para representarem o União Brasil nas eleições de 2024. O conflito ocorre desde as convenções partidárias, quando o nome de Nicoletti foi aprovado pelo diretório municipal do partido. No dia 6 de agosto, porém, a executiva nacional da legenda determinou que Catarina fosse a candidata do União Brasil.

Com pedidos de impugnação dos dois lados, as duas candidaturas foram registradas pela legenda e agora está a cargo da Justiça Eleitoral deliberar sobre qual dos registros é válido. Até a publicação desta matéria, o nome dos dois candidatos constava no site do TSE. Na pesquisa, Catarina aparece numericamente à frente de Nicoletti, mas empatada pela margem mínima de erro.

No primeiro cenário, o atual prefeito pontua com 62,4% das intenções de voto. Enquanto Catarina registra, na segunda posição, 15,6%. Pela margem de erro, que é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, ela está empatada com o adversário do mesmo partido, que registra 7,6%. Eles são seguidos por Mauro Nakashima (PV) com 1,8% e Lincoln Freire (PSOL) com 0,1%. No segundo cenário, dessa vez sem Catarina e com Nicoletti, Arthur Henrique tem 65,6% e o candidato do União Brasil soma 15,9%. Mauro Nakashima (PV) tem 2,2% e Lincoln Freire (PSOL) registra 0,9%.

Intenções de voto para prefeito de Boa Vista

Cenário 1: 

  • Arthur Henrique (MDB): 62,4%
  • Catarina Guerra (União Brasil): 15,6%
  • Antonio Nicoletti (União Brasil): 7,6%
  • Mauro Nakashima (PV): 1,8%
  • Lincoln Freire (PSOL): 0,1%
  • Ninguém/Branco/Nulo: 2,9%
  • Não sabe/ Não respondeu e indecisos: 9,6%

Cenário 2: 

  • Arthur Henrique (MDB): 65,6%
  • Antonio Nicoletti (União Brasil): 15,9%
  • Mauro Nakashima (PV): 2,2%
  • Lincoln Freire (PSOL): 0,9%
  • Ninguém/Branco/Nulo: 4,7%
  • Não sabe/ Não respondeu e indecisos: 10,6%

Segundo turno

O Futura Inteligência também fez quatro simulações de segundo turno. Em todas elas, o atual prefeito de Boa Vista seria reeleito com mais de 68% da preferência eleitoral. Em um embate direto contra Nicoletti, Arthur Henrique vence por 74,1% a 16,5%. Já na disputa com Catarina, o candidato à reeleição do MDB tem 68,8% a 21,8%.

A diferença é ainda maior contra Mauro Nakashima: ele venceria com 83,3% dos votos contra 6% no candidato do PV; e na disputa com Lincoln Freire, em que o prefeito ganharia com 82,7% a 5,8%.

Arthur Henrique tem a menor rejeição, segundo a pesquisa. O nome mais rejeitado é o de Nicoletti, mencionado negativamente por 35,5% dos entrevistados. Na sequência vem o nome do candidato do PV, rejeitado por 29,7%, e o de Catarina Guerra, com outros 27,4%. O candidato do PSOL também é contestado por 22,2%. Enquanto o atual prefeito é rejeitado por apenas 7%. 

A pesquisa Futura/100% Cidades foi registrada no TSE como RR-06883/2024 e ouviu 600 pessoas entre os dias 9 e 13 de agosto, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 4 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

Quando vai ser a eleição para prefeito?

As eleições municipais de 2024 vão acontecer no dia 6 de outubro de 2024, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno, se houver, deve acontecer no último domingo do mês, 27 de outubro, nas cidades com mais de 200 mil eleitores em que a candidata ou candidato mais votado à prefeitura não tenha atingido a maioria absoluta, isto é, metade mais um dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).

* Por causa do arredondamento, a soma das porcentagens é de 99,9%, e não 100% no cenário 2.

Com informações da Revista Exame