Advogado é denunciado por garota de programa e preso por armazenar material de abuso sexual de crianças

Um advogado de 47 anos foi preso em flagrante, nesta quinta-feira (15), suspeito de armazenar imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. A prisão ocorreu depois de denúncia feita por uma mulher que se apresentou como “garota de programa” e do cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, no bairro Mecejana, e fez parte do “Dia D” da Operação Caminhos Seguros.

Segundo Jaira Farias, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o advogado é investigado em razão dos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tratam, respectivamente, de transmissão e armazenamento de material de conteúdo sexual envolvendo crianças ou adolescentes.

As investigações, ainda de acordo com a delegada, tiveram início a partir de denúncia da garota de programa feita à Guarda Civil Municipal (GCM). A mulher contou que o homem demonstrou preferência por meninas com idades entre 6 e 7 anos e afirmou manter “relacionamentos” com crianças nessa faixa etária.

A denunciante apresentou cópias de conversas mantidas com o suspeito via aplicativo de mensagens, incluindo imagens de conteúdo sexual envolvendo crianças, o que levou ao registro de um boletim de ocorrência com o material que aponta para a prática criminosa.

“A partir das investigações da Polícia Civil, conseguimos identificar o advogado como titular do aparelho, além de confirmar sua identidade por meio de reconhecimento fotográfico feito pela denunciante”, detalhou Jaira Farias.

A delegada ressaltou que representou pela busca e apreensão na casa do investigado e o Ministério Público (MPRR) manifestou-se favoravelmente à quebra de sigilo de dados telemáticos e ao compartilhamento de provas com outras esferas investigativas, medida que foi autorizada pelo Poder Judiciário.

“Durante o cumprimento do mandado judicial, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, que serão submetidos à análise”, disse Jaira Farias.

O advogado usou o direito constitucional de ficar em silêncio e foi apresentado na audiência de custódia.

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