Estelionatário suspeito de aplicar golpe de R$ 3 milhões em empresários de Roraima é preso pela segunda vez

Paulo Wires Alves do Nascimento, de 27 anos, suspeito de aplicar golpes com prejuízos de pelo menos R$ 3 milhões a empresários e produtores do agro em Roraima, foi preso pela segunda vez, nesta quarta-feira (14), no município de Pimenta Bueno, em Rondônia.

A segunda fase da Operação Praga Financeira foi coordenada pelo delegado do 1º Distrito Policial, Pedro Ivo. A anterior, em abril deste ano, esteve sob a responsabilidade da delegada Jéssica Muniz, também do 1º DP, quando o investigado foi preso pela primeira vez acusado de causar prejuízos ao aplicar golpes contra diversas vítimas no Estado.

Durante o desdobramento das investigações, segundo o delegado Pedro Ivo, foi constatado que o criminoso também se apresentava como despachante agrário e utilizava documentos falsos para criar multas inexistentes, convencendo uma das vítimas a efetuar pagamentos sob o pretexto de regularizar propriedades rurais.

Para dar aparência de legalidade aos golpes, ele usava duas empresas de fachada, denominadas Agrocienes e Rhondovea, ambas registradas com endereços falsos — uma localizada em uma loja de calçados e a outra em uma residência, cujos verdadeiros proprietários não possuíam qualquer vínculo com os crimes.

“Nesta quarta-feira, foram cumpridos três mandados judiciais expedidos pela Justiça: a prisão preventiva do investigado, no município de Pimenta Bueno, em Rondônia, com o apoio fundamental da Polícia Penal local; buscas e apreensões nos bairros São Francisco e Paraviana, em Boa Vista; e a suspensão das atividades econômicas e financeiras das duas empresas envolvidas no esquema fraudulento”, explicou o delegado.

Paulo Wires já responde a dois processos criminais distintos e, no mais recente, foi denunciado pelo Ministério Público (MPRR) 12 vezes por estelionato.

Em 10 de abril, depois de ser considerado foragido, o jovem foi preso em Rondônia durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a um ônibus de transporte coletivo com destino a Salvador, na Bahia.

As investigações continuam em andamento para apurar outras possíveis vítimas e crimes relacionados ao investigado.

“Mesmo que ele venha a ser solto, estamos adotando todas as medidas legais para impedir que continue aplicando golpes utilizando essas empresas. Representaremos por novas medidas ou prisões quantas vezes, forem necessárias”, concluiu o delegado.