Governo aponta redução de 96,3% de novas áreas de garimpo na Terra Indígena Yanomami

Entre março e novembro, houve uma redução de 96,3% na área de novos garimpos na Terra Indígena Yanomami, que passou de 1.002 hectares em 2022 para apenas 37 neste ano. Essa redução foi constante ao longo dos meses, com destaque para setembro, outubro e novembro de 2024, sem registros de abertura de novas áreas. As informações são do governo federal e foram divulgadas nesta terça-feira (3).

Até 30 de novembro, houve mais de três mil operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami. Quase 400 acampamentos foram destruídos, 996 motores inutilizados, além de 108 mil litros de diesel.

As operações também resultaram na destruição de 22 aeronaves e 86 embarcações, além da inutilização de 118 toneladas de cassiterita e a apreensão de 33,5 quilos de ouro e mais de 226 quilos de mercúrio.

“Esses números refletem o impacto significativo das operações, que não apenas desarticulam a infraestrutura do garimpo ilegal, mas também protegem as comunidades Yanomami, Ye’kwana e Sanöma, além do meio ambiente, da devastação causada pelos garimpeiros”, destaca a Casa Civil.

Foco na logística do garimpo

Em novembro, uma das ações de maior destaque resultou na apreensão de 21 quilos de ouro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), encontrados escondidos em um veículo que seguia de Manaus para a Venezuela. O valor estimado do mineral apreendido é de R$ 10 milhões.

A operação reforçou a complexidade das rotas ilegais de escoamento do minério. Com a apreensão, o total acumulado até o momento chega a 33,5 quilos de ouro, somando-se aos 12 quilos já confiscados pela Polícia Federal em uma operação anterior. No total, as perdas financeiras para a estrutura do garimpo ilegal superam R$ 245 milhões, um impacto significativo nas redes criminosas que operam na região.

“As mais de três mil operações realizadas até agora demonstram o compromisso do governo federal em proteger o território Yanomami, combatendo o garimpo ilegal de forma eficaz e integrada. Além de enfraquecer a logística criminosa, as ações têm contribuído para preservar o meio ambiente, proteger as comunidades e garantir a soberania sobre um dos territórios mais ricos em biodiversidade do planeta”, ressalta a Casa Civil.