Governo autoriza empresa a importar energia da Venezuela para atender Roraima
O Ministério de Minas e Energia publicou portarias nesta segunda-feira (23) autorizando a Eneva a importar energia elétrica de forma intermitente da Venezuela para atender Roraima, único estado que não faz parte do Sistema Integrado Nacional (SIN).
A geradora venezuelana se junta a outras elétricas, como a Âmbar Energia e as comercializadoras Bolt e Tradener, que já haviam sido habilitadas para o processo sob novas regras definidas pelo governo no ano passado, que visam reduzir os custos com geração para suprimento de energia a Roraima.
Os consumidores roraimenses dependem de geração termelétrica local, com combustível subsidiado pela CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) – principal encargo cobrado na conta de luz dos consumidores.
A importação de energia da Venezuela só será válida se viabilizar uma redução da CCC, considerando a diferença do preço ofertado pela importado e custo da geração termelétrica local de Roraima.
Não há, porém, registro até o momento de que a importação de energia da Venezuela tenha sido efetivamente retomada, uma vez que a linha de transmissão que conecta os países necessitava de reparos por ter ficado ociosa desde a paralisação das importações de energia, em 2019.
A importação de energia da Venezuela pela Eneva, assim como por outras empresas, ainda está sujeita a autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e deliberação pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) quanto a preço e volume dos contratos de energia negociados com a Venezuela.