Cidade de São Paulo registra 22 novos casos de mpox em uma semana

A capital paulista chegou a 263 casos confirmados de mpox, de acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado nesta quarta-feira,28.

Desde janeiro apenas dez pacientes com mpox foram hospitalizados, enquanto 135 não precisaram ser internados, sendo 118 registrados e sob. Já são 22 novos casos em uma semana, o balanço considera os dados até o dia 22 de agosto e segundo a pasta, não há registro de óbitos pela doença neste ano.

Vacinação

A Prefeitura de São Paulo informou que aguarda o envio pelo Ministério da Saúde de doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox.

“O último lote recebido pelo município foi em março de 2023 e destinado, à época, ao grupo específico, elegível pelo ministério, de adultos imunossuprimidos vivendo com HIV”, diz o comunicado.

Em 15 de agosto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que o ministério negocia com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) 25 mil doses de vacinação emergencial. Atualmente, no Brasil, há 49 mil.

Apesar disso, segundo a ministra, a população não deve se sentir insegura. “A vacinação nunca será uma estratégia de massa para a mpox. Ela [a vacina] será usada, mas de forma muito seletiva”, explicou a ministra.

No grupo prioritário para receber o imunizante estão as pessoas que vivem com HIV/Aids e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios (pré-exposição). Além dos dois grupos, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição).

Os especialistas ainda estudam a eficácia da vacina existente contra a nova cepa do vírus.

A doença

A mpox é causada pelo vírus monkeypox e os principais sintomas incluem:

  • Cansaço;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo;
  • Bolhas ou feridas na pele.

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão ocorre por meio do contato com feridas, bolhas na pele ou gotículas respiratórias de pessoas infectadas. Além disso, o contágio pode ocorrer quando há compartilhamento de objetos que tenham sido usados pelos infectados.

Uma nova variante do vírus mpox, mais infecciosa e potencialmente mais fatal do que a que circulou no surto global de 2022, foi documentada no Congo, na África, em abril.

Um estudo publicado na plataforma medRxiv, que divulga pesquisas sem revisão de pares, relatou que 29% dos casos da doença do surto atual ocorreram entre trabalhadores do sexo.No entanto, atualmente, não se sabe se o vírus pode ser transmitido por vias de transmissão sexual – como, por exemplo, o sêmen e os fluidos vaginais. O entendimento é que o ato sexual seria uma oportunidade de contágio devido ao contato direto da pele com as lesões.

Não existe um tratamento específico para a infecção. O atendimento médico é focado em aliviar a dor e outros sintomas, além de prevenir possíveis sequelas a longo prazo.

É importante estar atento ao agravamento dos sinais, como o aumento no número de bolhas e feridas no corpo, assim como a ocorrência de problemas oculares, como inchaço e conjuntivite.

Com informações de Metrópoles*

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