Força Nacional inicia formação de 85 policiais com foco em operações na Terra Indígena Yanomami

A Força Nacional iniciou nesta segunda-feira (19), em Roraima, o treinamento de 85 agentes para atuar na Terra Indígena Yanomami (TIY). A formação, conforme o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), tem o objetivo de padronizar procedimentos e preparar os policiais militares para os desafios da região, onde conflitos e atividades ilegais, como o garimpo, têm ameaçado as comunidades indígenas.

Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo Yanomami, abriu o curso com uma aula magna sobre os esforços do governo federal no combate ao garimpo ilegal. Ele destacou a importância da integração entre órgãos e a necessidade de proteger tanto o território quanto os povos indígenas.

“Formar policiais militares em Roraima, próximo à área de atuação, é essencial para garantir operações eficazes na TI Yanomami. O conhecimento prévio da região é vital para proteger a população indígena e preservar o território”, afirmou Tubino.

O curso reúne 85 policiais militares, incluindo 10 de Roraima, tem duração de três semanas e abrange uma série de disciplinas práticas e teóricas. Os policiais participam de aulas sobre direitos humanos, técnicas de abordagem policial e veicular, controle de distúrbios civis, patrulhamento e manejo de armamentos e equipamentos utilizados pela Força Nacional.

Particularidades

O diferencial deste ciclo de treinamento está na adaptação ao contexto da TI Yanomami, a maior terra indígena do país. A formação em Roraima, portanto, visa preparar os agentes não apenas para as demandas técnicas da operação, mas também para as particularidades culturais e sociais da região.

Segundo o MPI, com a conclusão do curso, os agentes estarão prontos para integrar as forças de segurança federais que já atuam na Terra Yanomami, reforçando as operações em andamento. A expectativa é de que a presença desses policiais treinados e alinhados às diretrizes do governo federal contribua para a restauração da segurança e para a proteção efetiva do território, garantindo o respeito aos direitos dos povos que ali vivem.